Capitulo 16

Levantei rápido e virei de costas a Luan, lagrimas começaram a cair. Precisava sair dali, pensar e em tudo que houve, tudo que escutei e tudo que senti. Estava confusa. Luan ficou sentado na cama, no mesmo Luan, estava tão preso nos seus tormentos quanto eu. Peguei minha bolsa e corri em direção a porta. Luan levantou rápido e puxou meu braço, me fazendo parar e me virar para ele. 

- Não vai embora assim de novo. 

- Luan, eu to tão confusa.

- Eu também, mas não vai, fica aqui.

- Eu preciso botar meu pensamentos em ordem. E esse beijo, não podia ter acontecido. 

- Cara, eu não posso acreditar meu! Passo 5 anos da minha vida te procurando e quando te acho você é casada!

- Eu não podia esperar por uma coisa que sabia que não aconteceria. 

- Mas aconteceu. Eu sei que é errado, mas eu preciso de você.

- Luan...

- Não chora, para de chorar, não aguento ver tristeza nos seus olhos.

- Irônico não é? Pede para mim parar de fazer uma coisa que você está fazendo.

Ele não disse nada, somente abaixou a cabeça.

- Luan, eu vou embora.

Me soltei dele e sai em direção a porta novamente. Estava abrindo - a quando lhe ouvir dizer:

- Eu vou lutar por você.

- Não tem por que lutar Luan, nosso amor já perdeu, perdeu para o meu casamento com seu amigo.

- Eu não aceito perdas.

- Sinto muito.

- Ju, se você sair por essa porta, sabe Deus quando ou poder te ver novamente. Minhas folgas acabaram, vou embora amanha pela manhã. A minha agenda ta lotada esse mês, não vou poder vir atras de você tão fácil. E eu vou sentir sua falta, como senti todos esses anos. 

Estava acostumada com a distancia, mas agora era diferente. Luan iria embora, e como eu ficaria? Quis sair pela porta, mas algo me puxou de volta para seus braços. Eu deixei minha bolça cair no chão e me senti protegida naquele abraço, e assim nos choramos, lentamente. Ele levantou meu rosto que estava em seu peito e o colocou próximo ao seu rosto. 

- Diz para mim Juliana, que não quer que ele lute por você. Me diz olhando em meus olhos que eu vou embora, e nunca mais te procuro.

Fiquei em silencio e ele insistiu. 

- Diz?

Tentei falar, mais nada saiu. Ele suspirou forte diante da minha reação e me abraçou.

- Eu não vou desistir. 

- Pois eu não quero que desista. - Disse gaguejando e com a cabeça baixa, constrangida.

- Eu sei, seus olhos dizem isso. - Ele disse sorrindo, de me ver envergonhada e em seguida me beijou novamente. Dessa vez um beijos delicado, cheio de amor e molhado, pois chorávamos nossas tristezas e torturas. Pode ver que chovia pelo leve barulho vindo de fora. O céu chorava conosco. E ali ficamos abraçados, somente sentindo a respiração um do outro. 

Outro capitulo hoje, só de premio pelo comentário que recebi Espero que gostem! Posto de 5 comentários.