Capitulo 153

- Desculpa mais, não tenho outra saída e não é pelo Luan mais, é por mim e você foi um grande amigo mas as coisas agora são diferentes e ... - Ele me interrompeu. 

- Está tudo bem Ju, eu entendo. Eu vou arrumar minhas coisas no final do dia, e espero que você seja muito feliz, de coração. - Ele disse levantou e se dirigindo até a porta. Ao tocar a maçaneta, o chamei.

- Rodrigo?

- Oi. - Ele perguntou se virando. 

Levantei e sai correndo. Ele ao perceber, abriu os braços. O abracei forte e ele fez o mesmo. Ali, nos seus braços, comecei a chorar.

- Ei, calma. 

- Ele me traiu também Rô. 

- Não chore Ju, ele não merece suas lagrimas.

- Nem eu as dele. 

Fiquei mais um tempo ali com Rodrigo e depois ele voltou para sua sala. Atendi pacientes sempre com a cabeça na lua e minhas consultas acabaram as 20:30. Fiquei mais um tempo resolvendo as coisas e parei do nada, olhando para a parede branca a minha frente. Deixei lagrimas caírem ao lembrar que só estava lá por que não tinha mais ele, por que se tivesse, ele já teria me arrastado pelos cabelos até em casa ou ligado tanto de outra cidade para que lembrasse de Alice que eu teria surtado. Bateram na porta e eu sequei minhas lagrimas. A minha secretaria, Ana Paula, tinha entrado.

- Estava chorando Ju?

- Não é nada.

- Dai a pouco quem vai precisar de psiquiatra é você, toma cuidado. 

Ri rapidamente.

- Sempre precisei. Cade Rodrigo?

- Está na sala dele. Ele disse que vai ficar até mais tarde e que fecha depois, e leva a chave na minha casa. Não entendi porque, se ela que chega primeiro, mas tudo bem.

- O Rodrigo não vai mais trabalhar aqui, Ana.

- Nossa, serio? E... Então, vim avisar que estou indo.

- Ok, pode ir.

- Até amanhã.

- Até.

Ela saiu e eu peguei minhas coisas, saindo também. Bati na sala de Rodrigo e escutei uma voz, dizendo que poderia entrar. Abri a porta e ele colocava dentro de uma caixa algumas coisas.

- Tudo bem?

- Sim, eu já estou terminando, tenho poucas coisas aqui.

- Sim, tranquilo. Passa aqui para acertar suas coisas amanhã.

- Passo sim.

- Sabe... O que vai fazer?

- Vou voltar para Porto Alegre, trabalhar na empresa de meu pai.

- Você vai mudar?

- Vou. - Ele riu, ainda colocando algumas coisas na caixa. - Não precisa se despertar, quando precisar, só me procurar.

- Não foi...

- Ta tudo bem Ju, estou brincando. Mas qualquer coisa, é só me procurar, mesmo.

- Tudo bem, obrigado. Eu... Preciso ir, tenho que pegar Alice na casa de Luan ainda.

- Como anda nesse contato com ele?

- Ainda estamos nos acostumando.

- Entendi. Pode ir, e obrigado por tudo.

- De nada. Tchau.

- Tchau.

Sai e fechei a porta.

Sai em direção a porta e entrei logo no carro. 21:00. Legal, ia me atrasar para pegar Alice. Fiz o caminho normal, mas ou invez de ir para casa, parei na casa de Luan. Sai do carro e fechei, batendo na porta. Não demorou e ele abriu.

- Oi Juliana, entra.

Ele entrou e eu o acompanhei, encostando a porta. Ele estava perfumado e arrumado, acho que iria sair.

- Esta sozinho?

- Sim, meus pais saíram, e Bruna está na casa do noivo. Vou chamar Alice lá em cima.

- Tudo bem. 

Não demorou muito e ela desceu, toda saltitante e linda, com os cabelos molhados.

- Oi filha.

- Oi mamãe.

- Vamos pra casa?

- Vamo.

- Luan, obrigado por ficar com ela.

- Eu não vou nem te responder. Na bolsa está a roupinha do Ballet, dei banho nela e tinha essa troca de roupa aqui.

- Tudo bem.

- Alice, acho que você esqueceu seu ursinho que a tia deu lá em cima, pega lá e deixa o papai falar com a mamãe?

Amooores, é isso, para compensar os dias em postar haha Bom, ai? Muitas coisas para acontecer ainda e nos próximos capítulos, Luan vai passar nervoso com a Ju, e ela com ela haha Bom, posto depois de 15 comentários...