Capitulo 147

Faz tanto tempo que a gente briga

Ta evidente que não dá mais certo

A gente come da mesma comida

A gente mora sob o mesmo teto

Vivemos juntos pra não fazer feio

Aqui em casa o clima ta pesado

Se vai pro banho já não me convida

Se vai dormir não dorme do meu lado

Meu Deus o que é que foi acontecer com a gente?

Meu Deus do céu por que deu tudo errado?

A gente vive de fotografia

Desse amor que um dia foi abençoado

O nosso beijo foi ficando amargo

O nosso abraço já não tem calor

Nosso sorriso já não tem mais graça

E nada que eu faça já não tem valor

O nosso amor que era um mar de rosas

E bem maior que o próprio infinito

Agora enquanto finge que me ama

Eu aqui comigo finjo que acredito.

Acabei me esquecendo do telefone. Quando me toquei o chamei, com lagrimas nos olhos. 

- Luan...

Ele parou de tocar e virou, levando um susto. Ele também chorava.

- O Sorocaba... - Disse dando o telefone para ele.

Ele secou as lagrimas e pegou o telefone e eu sai, mas parei na porta, encostando - a. Sei que é feio, mas fiquei escutando a conversa. Ele contou pra Sorocaba o que houve conosco. Parecia que ele dava conselhos pro Luan. Mas me surpreendi com uma frase que ele soltou.

- Não cara, não vou pedir para ela ficar, não vou ir atrás e nem tentar nada pelo meu casamento, não por que eu não amo ela, pelo contrario, amo demais, mas não consigo mais mentir para ela, me sinto mal.

Ele esperou Sorocaba responder e disse:

- Que mentira? Eu trai ela hoje cara, mal consigo olhar para ela, estou me sentindo culpado.

Resolvi sair dali e voltar pro quarto. Fiquei deitada na cama, mas a imagem de Luan cantando não saiam da minha cabeça e muito menos a frase dele confessando que havia me traído. Imaginava a cena, dele nos braços de outras e aquilo estava me matando. Sabia que não tinha moral para julga - lo, mas aquela sensação era horrível. Depois de muito viram na cama, acabei adormecendo. 

Acordei no meio da noite com um dor horrível de ouvido. Mal conseguia nem abrir o olho, era ruim demais e parecia que minha cabeça explodiria. Pensei em ir no hospital, mas minha visão estava horrível. Tentei pegar um remédio, mas o local onde guardava era alto e eu não alcançava. Quando Luan não estava em casa, eu subia num banquinho, mas fiquei com medo de cair, então resolvi não tentar, alem de que a dor era tão forte que me dava tontura. Fiquei deitada um tempo me revirando. Inferno, eu com doença de criança. Minha vontade era de chamar o Luan, mas ele nem ia querer olhar na minha cara. Estava precisando dele, mas também não tinha coragem de ir lá. A dor só aumentava, foi então que resolvi ir lá. Fui segurando nas paredes até o quarto vizinho. Abri a porta devagar e fui andando tropeçando por que minha visão não estava boa. Sentei na cama, Luan dormia bem no meio, esparramado e virado pro lado que eu estava. Cutuquei ele, chamando meio sem coragem.

- Luan... Luan...

Amoores, essa musica que o Luan canta se chama "Finge que me ama, finjo que acredito". É uma musica linda, e achei que combinava com o momento. Eu particularmente sou apaixonada por ela, apesar que não ser muito nova haha É do Marcos e Belutti. Bom, é isso por hoje... Eu concordo com vocês... O dois tem que dar um tempo, saber o que querem e deixar a saudade bater para saber que se amam, não acham? Muita água ai rolar aqui... Serão dois tentando superar o amor e esconde - lo dentro do peito, por caminhos diferentes... mudanças, novos romances, carreiras... Qual caminho que vocês acham que cada um seguirá? E a Ju, Luan vai ajuda - la né? O que acham? O que ela tem? PS: Se quiserem, vídeo da musica em baixo.