Capitulo 150

Narrado por Luan.

Acordei cedo. Na verdade, não dormi direito. Levantei e comi algo, era antevéspera de natal eu eu estaria saindo de casa. Subi pro quarto e sem fazer barulho, coloquei algumas roupas e algumas coisas numa mala. Não dava para levar tudo, então só levaria o necessário, pediria para alguem pegar depois. Era inevitável a sensação de "você devia ter aberto o olho" sobre a traição, mas eu estava na mesma que ela. Fechei minha mala depois de algumas coisas e foi quando ouvi Juliana me chamar, era agora a hora de decidir tudo, e ela não me escaparia dessa conversa.

Narrado por Juliana.

Acordei com uns barulhos vindo do closet. Meu ouvido ainda estava tampado, então fazia eco.

- Luan? - Chamei.

- Oi, está melhor? - Ele disse saindo de lá e procurando algo no criado mudo.

- Sim, obrigado por perguntar.

- De nada. Podemos conversar agora?

- Luan...

- Não, a gente tem que conversar e vai ser agora, por que quero ir para casa da minha mãe antes da Alice voltar.

- Tudo bem, espera só eu escovar meu dente?

- Sim.

Levantei e fui até o banheiro, escovei meu dente e arrumei meu cabelo, além de lavar o rosto.

- Pode começar. - Disse sentando.

- Começar? Juliana, por Deus! Vamos parar de tratar isso como brincadeira por favor?

- Ok! Então vamos conversar! 

- Juliana, eu não quero que você tire a Alice de casa.

- Luan, eu não vou tirar ela daqui, eu prometi ontem, não prometi?

- Você prometeu tanta coisa.

- Foi só eu que descumpri promessas?

- Não, claro que não. 

- Então. Luan, eu só estou acabando com tudo, por que, de verdade, eu não aguento mais. Eu te amo, muito, demais. Mas acho que precisamos repensar um pouco no que queremos.

- Eu concordo. E também te amo, demais. Mas não é essa confusão que quero para você, e nem para a Alice. Eu vou te ajudar nas despesas com ela e ... - O interrompi. 

- Luan, eu não quero seu dinheiro. Eu ganho muito bem, posso muito bem cuidar dela sozinha. 

- Mas eu sou o pai dela e faço questão de pagar pelo menos a escolinha e o tratamento dela.

- Luan, eu...

- Quer saber de uma coisa Juliana? Vai se ferrar! To vendo que não vamos entrar num acordo não é? - Ele já estava nervosa, sempre odiou ser contrariado.

- Claro que não, você está sendo grosso comigo.

- Aposto que você vai dificultar pra mim as coisas, acho que nem deixar eu ver a Alice você vai.

- Não conseguiria fazer isso Luan, não que você não mereça. Mas vou te avisar uma coisa... A Gabriela não rela a mão na minha filha.

- AH CLARO! E EU TENHO QUE AGUENTAR O RODRIGO AQUI NÃO É? 

- Não grita comigo Luan! VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO.

- Juliana, eu vou pra casa, por que não vou ficar aqui discutindo com você. 

- Agora você abaixa o tom né Luan?

- Quer saber de uma coisa Juliana? Queria que terminássemos bem, mas estou vendo que isso não vai ser possível. A que ponte chegamos em? - Luan disse entrando no closet e pegando a mala. - Eu estou indo, e as minhas coisas mando buscar depois, os presentes das meninas também. A Alice, depois eu converso com ela.

- Quem que vai contar?

- Não sei. Esperava decidir isso nessa conversa, mas está difícil. Faz assim, conta você! Você que começou com a graça não foi? Então se vira, por que eu não vou ter coragem de falar isso para ela, alem de tudo, você sabe lidar melhor com isso, você trabalha com isso, e com o Rodrigo também.

Quando ele foi irônico, me estressei e taquei nele, que já estava na porta, uma almofadinha que estava ali na cama. 

- Larga de ser irônico!

- Ficou louca? - Ele disse desviando da almofada.

- Você me tira do serio!

- Ah, nossa! Bem vinda ao meu mundo, por que você também me tira do serio! - Dizendo isso ele saiu e eu comecei a chorar.

Narrado por Luan.

Sai de casa me segurando para não chorar na frente dela. Queria sair bem com ela, mas não foi possível. Ela me tira do serio, e acho que causo o mesmo efeito nela. Peguei meu carro e foi dirigindo até a casa da minha mãe, depois de colocar minha mala no banco traseiro. Depois de sair me bateu um desespero e quis voltar correndo, mas não era justo, nem para mim, nem para ela. Mesmo com o caminho curto, foi difícil segurar as lagrimas, eu estava deixando minha vida para trás. Eu quis isso também, mas a ideia era muito mais interessante do que a pratica. Coloquei o carro na frente da casa e desci correndo, deixando a minha mala para trás. A porta estava aberta e eu sai subindo as escadas correndo.

- Filho, filho? Luan! - Minha mãe gritou.

Entrei no quarto e tranquei a porta. 

- Luan! Entra correndo e deixa a porta escancarada? 

- Mãe, agora não.

- O que houve?

- O pai não te disse?

- Que você e a Ju estavam falando de se separar ontem? Falou. Mas achei que vocês iam se acertar, sempre se acertam.

- Não, não tem mais volta. Eu não vou voltar atras e nem ela. Sai de casa hoje. Vou voltar para cá.

- Tudo bem filho, eu estou no quarto qualquer coisa. E... Alice vem pra cá depois da escola. 

- Não fala para ela que eu estou aqui tudo bem? Ela viu a gente brigar ontem, e Alice é esperta. Não quero responder as perguntas dela sobre isso.

- Tudo bem Luan.

Narrado por Dona Marizete.

Fui para meu quarto e deixei o Luan quieto. Não demorou muito e ouvi barulhos na escada. Com certeza era Alice com o avô. Desci e falei com ela:

- Oi pequena, como foi na escola?

- Eu aprendi uma musica nova. - Ela disse rindo e falando ainda trocando algumas letrinhas.

- Serio? Que legal, depois você me ensina?

- Sim. 

- E os pais dela? - Perguntei ele quando ela subiu para cima.

- Luan chegou correndo aqui faz mais ou menos uma hora. Ele disse que não tem volta, e não quer ver Alice, então não é pra falar que ele está aqui.

- Ela perguntou do carro, mas eu ignorei. 

Coloquei a comida na mesa e Alice desceu.

- Cuidado na escada!

- Vó, o quarto do papai não abre.

- O quarto do papai? O quarto do papai... está com problemas, não pode entrar lá.

Narrado por Juliana.

Resolvi levantar e seguir minha vida. Almocei e fui atrás de um presente de natal para a Alice, era o único que faltava. Depois passei na casa dos pais do Luan e peguei Alice. Agradeci por eles ficarem com ela essa noite e ninguém questionou nada sobre eu e Luan. Cheguei em casa e Alice foi brincar, enquanto organizei umas coisas.

- Mamãe, cade o papai? - Disse entrando de volta para dentro e sentando do meu lado na mesa, pois estava vendo umas coisas do trabalho.

- Filha, eu preciso conversar com você sobre umas coisas.

Amooores, é isso. Desculpa, mas não posso me estender hoje aqui ;x Bom, eles se estressaram e brigaram, como sempre. Mas enfim, a Alice agora? Beijooos, posto depois de 16 comentários *-* Semana de provas, não me matem se capítulos estiverem horríveis...